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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Decisão

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Decidi que vou parar de sofrer. Afinal, uma paixão de verdade merece toda nossa investida. Corpo e alma. Vou deixar essa experiência pra essa geração nova que vem chegando por aí. Quarentão, vejo que não aguento mais o repuxe. Vou me aliar ao meu rádio de pilhas sem envolvimento físico, mas místico e escrever sobre a causa e seus efeitos. Já vi meu time ganhar todo quanto é tipo de campeonato. Mas o símbolo dessa conquista histórica propõe um orgasmo. Abraçar o mundo na mais pura essência onde o time do povo reluziu no topo é proclamar pequenos e obscuros heróis do cotidiano. Essa massa que arrisca a esperança sem esperar retorno. Que, diminuídos, sorriem e esbanjam o triunfo com orgulho no trabalho, na rua, no buteco. Transformam-se em vultos consagrados pela vitória dando esquecimento às chibatadas da injustiça social. Gritam sem hesitar a odisseia alvinegra que sempre vai resgatar a crença e a felicidade coletiva, gravando na história a lúdica frase; “campeão do mundo”.

Sem voz, sem palavras...

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É a primeira vez desde a criação deste blog que não tenho o que escrever. Alegremente rouco, a foto acima falará por mim...sempre.

Anjos

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-Estou farto disso, basta! Assim esbravejou o rei Herodes esmurrando a mesa onde estava, rodeado pelos seus guardas. A razão daquela revolta real era simples: nenhum deles havia conseguido encontrar o messias que iria nascer naquela noite. Todos os meninos nascido naquela semana, Herodes sabia, não era o falado “salvador”. Pelo menos aqueles que os guardas puderam tirar a vida até o momento. E nessa raiva, decidiu ele mesmo dar uma última busca pela redondeza. Haveria de encontrar e sacrificar a qualquer custo aquele menino denominado “o rei dos reis” a quem entendia ser uma ameaça ao seu reinado. Andou vasculhando cada casa de cada lugarejo. Em vão. Antes de voltar, o rei acabou entrando numa taverna que ficava ao lado de um prostíbulo na cidade de Belém a fim de saciar sua fome e sede. Foi no mesmo instante em que esbarrou num homem de fisionomia cansada, como se parecesse ter andado por léguas. Por parte do rei viu-se um olhar áspero. Por parte do outro homem